quinta-feira, 26 de março de 2009

Unifem lança relatório global “Progresso das Mulheres no Mundo” segunda-feira (30/3), no Rio de Janeiro.

Unifem lança relatório global “Progresso das Mulheres no Mundo” segunda-feira (30/3), no Rio de Janeiro.

Relatório faz alerta para descumprimento dos ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) na perspectiva da igualdade entre homens e mulheres. Estudo expõe dados sobre a realidade das mulheres no mundo em áreas como mercado de trabalho e economia mundial, poder e decisão, saúde, educação, justiça e violência
As mulheres têm menos oportunidades de se tornar chefes. Enquanto um em cada oito homens tem condições de chegar à posição de chefia, a média entre as mulheres é de uma em cada 40. Essa é uma da série de constatações do relatório bianual do Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009” que será lançado na segunda-feira (30/3), às 14h, na Alerj (Assembleia Legislativa), no Rio de Janeiro. Com o tema “Quem responde às mulheres? Gênero e Responsabilização”, a diretora executiva do Unifem, Inés Alberdi, fará o lançamento do relatório no Brasil, cujos dados avaliam o alcance dos ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) para a igualdade entre homens e mulheres.
O “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009” alerta para a possibilidade de descumprimento dos ODMs na perspectiva da igualdade de gênero até 2015, prazo em que todos os objetivos devem ser atingidos. Apesar de avanços como a redução de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia, aumento de matrículas nos ensinos primário e secundário e combate ao HIV/AIDS, o relatório verifica atraso na maioria dos ODMs. A redução das taxas de mortalidade materna é um dos ODMs mais difíceis de ser alcançado.
O relatório confirma que a desigualdade de gênero é um dos fatores críticos para cumprimento dos ODMs. Conforme o estudo, a desigualdade de gênero não só reduz a capacidade de as mulheres pobres utilizarem o trabalho para sair da pobreza, como também afeta os aspectos não monetários da pobreza: ausência de oportunidades, opinião e segurança. Na esteira da crise financeira mundial, o “Progresso das Mulheres do Mundo 2008/2009” indica que as desigualdades e as discriminações de gênero, raça e condição socioeconômica vulnerabilizam mulheres, negros e pobres a choques econômicos, ambientais e políticos.

Responsabilização
O tema central do relatório - “Quem responde às mulheres? Gênero e Responsabilização” -, é abordado como grande questão para garantia dos ODMs e dos compromissos internacionais voltados às mulheres. Responsabilização significa avaliação do desempenho e imposição de ação corretiva ou de reparação nos casos em que os desempenhos das políticas públicas não forem adequados. Em relação às políticas para as mulheres, esse conceito propõe que as decisões do poder público devem ser avaliadas por homens e mulheres numa base de igualdade.
No Brasil, são instrumentos de mensuração das políticas para as mulheres: Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O relatório cita o investimento do governo federal de R$ 1 bilhão para enfrentamento da violência contra as mulheres e a promulgação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) entre as inovações dos países para as políticas para as mulheres.

Coletiva de Imprensa
Após a apresentação dos dados do relatório, haverá entrevista coletiva com a diretora executiva do Unifem, Inés Alberdi; a representante Unifem Brasil e Cone Sul, Ana Falú; e a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
Lançamento do relatório global do Unifem “Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009”
Data: 30 de março de 2009 (segunda-feira)
Horário: 14h (seguido de coletiva para a imprensa)
Local: Palácio Tiradentes da Alerj (Rua Primeiro de Março, s/n, Praça XV) - Rio de Janeiro (RJ)

Um comentário:

nereida disse...

Meninas,
Ficou SIMPLESMENTE DEMAIS!!!!
Parabéns a todas pela garra
e criatividade com que combatem.
Um grande abraço,
Nereida